A cardioversão eléctrica permite corrigir batimentos cardíacos rápidos e/ou irregulares. O médico pode agendar uma cardioversão eléctrica para corrigir arritmias como a fibrilação auricular ou o flutter auricular. Estas arritmias acontecem quando os sinais eléctricos do coração não viajam através dos circuitos normais do coração, e causam um ritmo anormal e desorganizado.

Em alguns casos, pode ser necessário fazer uma cardioversão eléctrica no contexto de Serviço de Urgência para terminar arritmias que resultam num batimento cardíaco muito rápido, ou no caso de arritmias que possam colocar a vida em risco.

A cardioversão é efectuada através da aplicação de um choque sincronizado com o ritmo cardíaco, aplicado ao tórax através de pás metálicas ou eléctrodos. O choque é administrado pelo médico, sob sedação para ser confortável.

É muito raro ocorrerem complicações da cardioversão eléctrica.

Algumas pessoas podem ter pequenos trombos ou coágulos no coração: para prevenir que estes trombos sejam libertados depois do choque, e possam ocluir artérias do corpo, é muito frequente que o médico prescreva medicamentos anti-coagulantes durante algumas semanas antes do procedimento. Em alternativa, o médico poderá requisitar um ecocardiograma transesofágico para excluir a presença de trombos antes do procedimento.

A cardioversão pode raramente causar outros ritmos cardíacos anormais, mas geralmente são corrigidos de imediato com a administração de um choque adicional.

Queimaduras na pele no local de aplicação das pás metálicas ou dos eléctrodos são extramente raras.

O seu médico dará instruções sobre preparativos e sobre a medicação no período que antecede o procedimento. Em geral, essas indicações incluem:

• não comer ou beber nas 6 horas prévias à realização do procedimento
• trazer a medicação que se encontra a tomar para o hospital
• se estiver medicado com hipocoagulante e a toma habitual for nestas 6 horas prévias ao exame, deve fazer a toma habitual com uma quantidade mínima de água

Para realizar a cardioversão é administrado um medicamento sedativo, e por isso não deverá conduzir no regresso a casa. Recomenda-se que faça preparativos nesse sentido.

Antes do procedimento
Antes da cardioversão eléctrica, o médico e o enfermeiro irão rever o seu historial médico, incluindo a indicação do procedimento, medicação em curso e alergias. Terá de retirar acessórios metálicos, como colares, relógios, brincos e anéis.

Um enfermeiro vai introduzir um cateter numa veia (habitualmente numa mão ou num braço) para administrar medicação durante o procedimento.

Durante o procedimento
Serão colocados eléctrodos no tórax para monitorizar o ritmo cardíaco, e será avaliada a tensão arterial. Antes da administração do choque, é administrada medicação sedativa para que possa dormir durante breves minutos, e para que não sinta desconforto no procedimento. O choque é administrado quando tiver adormecido, e o médico avalia de imediato se houve sucesso.

O procedimento dura apenas breves minutos, e acordará gradualmente quando passar o efeito da medicação.

Após o procedimento
Depois de realizada a cardioversão eléctrica, ficará cerca de 2 horas em vigilância, e terá alta posteriormente. Pode retomar a vida normal após o procedimento mas, uma vez que foi administrada medicação sedativa, não é recomendado que conduza de regresso a casa.

Se estiver medicado com um anti-coagulante, terá de manter a medicação após cardioversão eléctrica. Deverá informar-se junto do médico do plano de medicação.

A cardioversão eléctrica é efectuada na Unidade de Diagnóstico e Intervenção Cardiovascular da Unidade I do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (Hospital Eduardo Santos Silva, no Monte da Virgem), no piso 2 do Pavilhão Central.

Telefone do hospital: 227 865 100.
Extensão do Secretariado da UDIC: 41206 (8h00-16h00).

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